Artigos – CRB/RS – Conferência dos Religiosos do Brasil https://www.crbrs.org.br Tue, 21 Nov 2023 19:20:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.6 Subsídio de Formação Permanente https://www.crbrs.org.br/subsidio-de-formacao-permanente/ Tue, 21 Nov 2023 19:20:13 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=2077 Vida Religiosa Consagrada no RS: em formação para se ressignificar na vida em missão.

Compartilhamos um rico material que pode ser usado para formação pessoal, dos grupos, núcleos e comunidades.

Bom proveito, e compartilhem esse material preparado pela Equipe Teológica da CRB-RS.

Subsídio de Formação para as Comunidades Religiosas.

Brochura – CRB-RS Nov 2023

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Reflexão para o momento atual https://www.crbrs.org.br/reflexao-para-o-momento-atual/ Thu, 25 Aug 2022 17:32:13 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1829 Viva + Jesus
UMA SUBLIME VOCAÇÃO

Desejada por alguns, evitada por outros. Vista como necessária para construir um mundo melhor por alguns, a por outros como algo sem importância. Apaixonante para alguns, e algo sujo para outros. Ouvir a palavra “política” provoca em nós as mais diferentes reações.

A verdade é que estamos diante de um momento de tomada de decisões para o futuro de nosso país e dos estados. Não podemos fugir disso. O desafio é como sermos cidadãos responsáveis e – quem crê no Deus bíblico – como praticar a vontade de Deus.

Forma preciosa de caridade – Já no seu documento programático, o Papa Francisco expressava suas convicções sobre esse tema em forma de uma oração: “Peço a Deus que cresça o número de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo. A política, mesmo tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum” (Evangelii Gaudium, n. 205).

Polarização e dificuldade de dialogar – O Papa Francisco retoma esse tema na Encíclica Fratelli Tutti. Aí ele toca naquilo que hoje torna tão difícil um diálogo sereno e aberto: o uso da polarização, mecanismo com o qual um se fecha ao outro, e cresce a desconfiança. Nesse contexto, “a política deixou de ser um debate saudável sobre projetos a longo prazo para o desenvolvimento de todos e o bem comum, limitando-se a receitas efêmeras de marketing cujo recurso mais eficaz está na destruição do outro” (Fratelli Tutti, n. 15). “Estamos em meio a uma ‘luta de interesses’, a qual nos coloca todos contra todos, onde vencer se torna sinônimo de destruir” (FT, n. 16). Nesse ambiente, não há espaço para sonhar na solidariedade universal, num mundo onde todos sejamos irmãos e irmãs.

A melhor política – Todo o quinto capítulo dessa Encíclica é dedicada ao tema da “melhor política”. “Atualmente muitos possuem uma má noção da política, e não se pode ignorar que frequentemente, por trás deste fato, estão os erros, a corrupção e a ineficiência de alguns políticos… E contudo poderá o mundo funcionar sem política? Poderá encontrar um caminho eficaz para a fraternidade universal e a paz social sem uma boa política?” (FT n. 176).

O Papa fala da política como serviço ao bem comum. O verdadeiro político é aquele que coloca o pilar da “dignidade humana no centro” (FT, n. 168). Portanto, não basta falar de Deus, ou proclamar que Deus é o maior e está acima de todos, ou prometer ser honesto e praticar a justiça. Somente atitudes de respeito pela outra pessoa, de escuta, de defesa do planeta como casa comum e de promoção de justiça social levam a construir uma sociedade sobre o pilar da dignidade humana. “Vista desta maneira, a política é mais nobre do que a aparência, o marketing, as diferentes formas de maquilhagem mediática. Tudo isto semeia apenas divisão, inimizade e um ceticismo desolador incapaz de apelar para um projeto comum” (FT, n. 197).

Olhar-se no espelho – Será que, no momento em que vivemos, há serenidade para dialogar, para sonhar e falar sobre o Brasil que queremos? Será que somos capazes de cultivar uma visão ampla, de pensar num novo modo de viver, e de integrar os vários aspetos da crise que experimentamos?

No final desse capítulo, o Papa convida os políticos a olhar-se no espelho, e perguntar-se: “Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços reais construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei?” (FT, n. 197).

E o Santo Padre renova seu convite: “Convido uma vez mais a revalorizar a política, que é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca o bem comum” (FT, n. 180). Deus seja bendito!

Pe. Aldino J. Kiesel, O.S.F.S.

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ANUNCIAR Nº 187 – OUTUBRO/2021 https://www.crbrs.org.br/anunciar-no-187-outubro-2021/ Thu, 04 Nov 2021 20:12:26 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1557 Coordenação: 2021 – 2024 da CRB/RS 

Confira a edição n. 187 do Boletim ANUNCIAR da CRB/RS. Nele você encontra as palavras da Coordenadora na ocasião da posse e  informações sobre as principais atividades do Regional.

Clique no link: Anunciar outubro – CRB

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107º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E REFUGIADO – MENSAGEM DO PAPA https://www.crbrs.org.br/107o-dia-mundial-do-migrante-e-refugiado-mensagem-do-papa/ Mon, 27 Sep 2021 13:50:21 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1531 Como VRC sejamos sensíveis a realidade de tantos irmãos, irmãs migrantes e refugiados.

Segue a mensagem do Papa para este dia. Além da nossa oração, manifestemos nossa proximidade a estes irmãos.

Pela equipe da JPIC CRB/RS. Ir. Samantha

Dia Mundial do Migrante e do Refugiado será celebrado em 26 de setembroMENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 107º DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO

«Rumo a um nós cada vez maior»

Queridos irmãos e irmãs!

Na carta encíclica Fratelli tutti, deixei expressa uma preocupação e um desejo, que continuo a considerar importantes: «Passada a crise sanitária, a pior reação seria cair ainda mais num consumismo febril e em novas formas de autoproteção egoísta. No fim, oxalá já não existam “os outros”, mas apenas um “nós”» (n. 35).

Por isso pensei dedicar a mensagem para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado ao tema «Rumo a um nós cada vez maior», pretendendo assim indicar claramente um horizonte para o nosso caminho comum neste mundo.

A história do «nós»

Este horizonte encontra-se no próprio projeto criador de Deus: «Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: “Crescei, multiplicai-vos”» (Gn 1, 27-28). Deus criou-nos homem e mulher, seres diferentes e complementares para formarem, juntos, um nós destinado a tornar-se cada vez maior com a multiplicação das gerações. Deus criou-nos à sua imagem, à imagem do seu Ser Uno e Trino, comunhão na diversidade.

E quando o ser humano, por causa da sua desobediência, se afastou d’Ele, Deus, na sua misericórdia, quis oferecer um caminho de reconciliação, não a indivíduos isoladamente, mas a um povo, um nós destinado a incluir toda a família humana, todos os povos: «Esta é a morada de Deus entre os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo e o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus» (Ap 21, 3).

Assim, a história da salvação vê um nós no princípio e um nós no fim e, no centro, o mistério de Cristo, morto e ressuscitado «para que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Mas o tempo presente mostra-nos que o nós querido por Deus está dilacerado e dividido, ferido e desfigurado. E isto verifica-se sobretudo nos momentos de maior crise, como agora com a pandemia. Os nacionalismos fechados e agressivos (cf. Fratelli tutti, 11) e o individualismo radical (cf. ibid., 105) desagregam ou dividem o nós, tanto no mundo como dentro da Igreja. E o preço mais alto é pago por aqueles que mais facilmente se podem tornar os outros: os estrangeiros, os migrantes, os marginalizados, que habitam as periferias existenciais.

Na realidade, estamos todos no mesmo barco e somos chamados a empenhar-nos para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira. Por isso aproveito a ocasião deste Dia Mundial para lançar um duplo apelo a caminharmos juntos rumo a um nós cada vez maior, dirigindo-me em primeiro lugar aos fiéis católicos e depois a todos os homens e mulheres da terra.

Uma Igreja cada vez mais católica

Para os membros da Igreja Católica, este apelo traduz-se num esforço por se configurarem cada vez mais fielmente ao seu ser de católicos, tornando realidade aquilo que São Paulo recomendava à comunidade de Éfeso: «Um só corpo e um só espírito, assim como a vossa vocação vos chama a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo» (Ef 4, 4-5).

De facto, a catolicidade da Igreja, a sua universalidade é uma realidade que requer ser acolhida e vivida em cada época, conforme a vontade e a graça do Senhor que prometeu estar sempre connosco até ao fim dos tempos (cf. Mt 28, 20). O seu Espírito torna-nos capazes de abraçar a todos para se fazer comunhão na diversidade, harmonizando as diferenças sem nunca impor uma uniformidade que despersonaliza. No encontro com a diversidade dos estrangeiros, dos migrantes, dos refugiados e no diálogo intercultural que daí pode brotar, é-nos dada a oportunidade de crescer como Igreja, enriquecer-nos mutuamente. Com efeito, todo o batizado, onde quer que se encontre, é membro de pleno direito da comunidade eclesial local e membro da única Igreja, habitante na única casa, componente da única família.

Os fiéis católicos são chamados, cada qual a partir da comunidade onde vive, a comprometer-se para que a Igreja se torne cada vez mais inclusiva, dando continuidade à missão que Jesus Cristo confiou aos Apóstolos: «Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10, 7-8).

Hoje, a Igreja é chamada a sair pelas estradas das periferias existenciais para cuidar de quem está ferido e procurar quem anda extraviado, sem preconceitos nem medo, sem proselitismo, mas pronta a ampliar a sua tenda para acolher a todos. Entre os habitantes das periferias existenciais, encontraremos muitos migrantes e refugiados, deslocados e vítimas de tráfico humano, aos quais o Senhor deseja que seja manifestado o seu amor e anunciada a sua salvação. «Os fluxos migratórios contemporâneos constituem uma nova “fronteira” missionária, uma ocasião privilegiada para anunciar Jesus Cristo e o seu Evangelho sem se mover do próprio ambiente, para testemunhar concretamente a fé cristã na caridade e no respeito profundo pelas outras expressões religiosas. O encontro com migrantes e refugiados de outras confissões e religiões é um terreno fecundo para o desenvolvimento de um diálogo ecuménico e inter-religioso sincero e enriquecedor» (Papa Francisco, Discurso aos Diretores Nacionais da Pastoral dos Migrantes, 22/IX/2017).

Um mundo cada vez mais inclusivo

A todos os homens e mulheres da terra, apelo a caminharem juntos rumo a um nós cada vez maior, a recomporem a família humana, a fim de construirmos em conjunto o nosso futuro de justiça e paz, tendo o cuidado de ninguém ficar excluído.

O futuro das nossas sociedades é um futuro «a cores», enriquecido pela diversidade e as relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em harmonia e paz. Encanta-me duma forma particular aquele quadro que descreve, no dia do «batismo» da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: «Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus» (At 2, 9-11).

É o ideal da nova Jerusalém (cf. Is 60; Ap 21, 3), onde todos os povos se encontram unidos, em paz e concórdia, celebrando a bondade de Deus e as maravilhas da criação. Mas, para alcançar este ideal, devemos todos empenhar-nos por derrubar os muros que nos separam e construir pontes que favoreçam a cultura do encontro, cientes da profunda interconexão que existe entre nós. Nesta perspetiva, as migrações contemporâneas oferecem-nos a oportunidade de superar os nossos medos para nos deixarmos enriquecer pela diversidade do dom de cada um. Então, se quisermos, poderemos transformar as fronteiras em lugares privilegiados de encontro, onde possa florescer o milagre de um nós cada vez maior.

A todos os homens e mulheres da terra, peço que empreguem bem os dons que o Senhor nos confiou para conservar e tornar ainda mais bela a sua criação. «Um homem nobre partiu para uma região longínqua, a fim de tomar posse de um reino e em seguida voltar. Chamando dez dos seus servos, entregou-lhes dez minas e disse-lhes: “Fazei render a mina até que eu volte”» (Lc 19, 12-13). O Senhor pedir-nos-á contas das nossas obras! Mas, para assegurar o justo cuidado à nossa Casa comum, devemos constituir-nos num nós cada vez maior, cada vez mais corresponsável, na forte convicção de que todo o bem feito ao mundo é feito às gerações presentes e futuras. Trata-se dum compromisso pessoal e coletivo, que se ocupa de todos os irmãos e irmãs que continuarão a sofrer enquanto procuramos realizar um desenvolvimento mais sustentável, equilibrado e inclusivo. Um compromisso que não faz distinção entre autóctones e estrangeiros, entre residentes e hóspedes, porque se trata dum tesouro comum, de cujo cuidado e de cujos benefícios ninguém deve ficar excluído.

O sonho tem início

O profeta Joel preanunciava o futuro messiânico como um tempo de sonhos e visões inspirados pelo Espírito: «Derramarei o meu espírito sobre toda a humanidade. Os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos e os vossos jovens terão visões» (3, 1). Somos chamados a sonhar juntos. Não devemos ter medo de sonhar e de o fazermos juntos como uma única humanidade, como companheiros da mesma viagem, como filhos e filhas desta mesma terra que é a nossa Casa comum, todos irmãs e irmãos (cf. Fratelli tutti, 8).

Oração

Pai santo e amado,
o vosso Filho Jesus ensinou-nos
que nos Céus se esparge uma grande alegria
quando alguém que estava perdido
é reencontrado,
quando alguém que estava excluído, rejeitado ou descartado
é reinserido no nosso nós,
que assim se torna cada vez maior.

Pedimo-Vos que concedais a todos os discípulos de Jesus
e a todas as pessoas de boa vontade
a graça de cumprirem a vossa vontade no mundo.
Abençoai todo o gesto de acolhimento e assistência
que repõe a pessoa que estiver em exílio
no nós da comunidade e da Igreja,
para que a nossa terra possa tornar-se,
tal como Vós a criastes,
a Casa comum de todos os irmãos e irmãs. Amen.

Roma, em São João de Latrão, na Festa dos Apóstolos São Filipe e São Tiago, 3 de maio de 2021.

Francisco

 

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Assembleia de Provinciais, Gerais e Bispos – Relatório Geral https://www.crbrs.org.br/assembleia-de-provinciais-gerais-e-bispos-relatorio-geral/ Mon, 14 Jun 2021 22:03:44 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1468 A assembleia iniciou às 08h30min do dia 09 de junho de 2021, por plataforma digital. A mediação foi feita por Ir. Cleusa Maria Andreatta e Frei Vanildo Luiz Zugno, da equipe de reflexão da CRB/RS. Frei Vanildo fez a abertura da assembleia, acolhendo as/os participantes e ressalta a presença expressiva de 76 participantes.

Ir. Aldinha Inês Welzbacher, coordenadora da CRB/RS, saúda a todas/os provinciais e gerais; e, todos os bispos, em nome da equipe de coordenação, e destaca a importância do momento, para manter viva a comunhão como “Igreja em saída”, sinodal e samaritana. Deseja uma assembleia inspirada no dinamismo trinitário e sob as luzes do Espírito Santo. Torna presente aos temas a serem refletidos e acolhe o assessor e a assessora:

1º Tema – “Olhar o presente na Igreja e VRC, com perspectiva de esperança em relação ao futuro” (realidade) Assessor: Pe. Inácio Neutzling – SJ

2º Tema – “Espiritualidade integrada e integradora, alicerce da VRC em tempos de incertezas”. Assessora: Ir. Maria Freire da Silva – ICM.

Dom José Gilson, presidente do Regional Sul 3 da CNBB e bispo da Diocese de Caxias do Sul saúda a todos/as. Ressalta as dificuldades de nos encontramos presencial por causa da pandemia. Afirma que nós somos a Igreja povo de Deus e deseja uma caminhada que olha com os olhos do coração a vida, a realidade do povo e tudo que toca a Igreja e a Vida Religiosa Consagrada. Num contexto de polarização, que o foco seja de comunhão e de deixar Deus falar ao coração. Como discípulos/as colocar-se à escuta, para caminhar juntos com novo ardor e fortalecer a comunhão.

Pe. Paul e Frei Nestor Schwartz conduzem a oração a partir do evangelho do dia Mt5, 21-26, que indica a prática do amor como a maior lei, e desejam o mesmo para a assembleia. Tornam presente a memória de Pe. José de Anchieta, “apóstolo do Brasil”, engajado nas comunidades originárias, que soube se inculturar, dando testemunho de coragem. Destacam a palavra do Papa Francisco da Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate n.139: “Peçamos ao Senhor a graça de não hesitar quando o Espírito nos exige que demos um passo em frente e peçamos a coragem apostólica de comunicar o Evangelho aos outros e de renunciar a fazer de nossa vida um museu de recordações…”

Ir. Cleusa apresenta o Pe. Inácio, o acolhe e retoma o tema a ser abordado por ele: “Olhar o presente na Igreja e VRC, com perspectiva de esperança em relação ao futuro”.

Pe. Inácio situa a realidade do momento citando a Fratelli Tutti e a Laudato si’. A Fratelli Tutti está dentro da proposta da modernidade: Fraternidade e liberdade. Ressalta a economia do Papa Francisco.  Traz presente a crise de 2008 e destaca que na época não foram pensadas alternativas de uma economia a serviço da humanidade. E a crise atual da pandemia, agrava esta realidade e se caracteriza como “sombra de um mundo fechado”.  A pandemia revela a realidade do mundo.  É uma crise inesperada e que provocou uma crise global, caracterizada como uma policrise, uma engrenagem de crises interligadas ou concatenados, que exige a capacidade de um novo pensar, capacidade de fazer ligações. A carência humana hoje é uma carência de pensamento. A espiritualidade cristã requer discernimento. Vivenciamos uma crise planetária que revela uma crise existencial, política, econômica e social(desigualdade) . Citou por exemplo 120 milhões de brasileiros estão sem segurança alimentar.  É tempo de incertezas que exige aprender a pensar e perceber que não é possível separar-nos do planeta. É crise planetária e de humanidade. A pandemia radicalizou estas crises. Há necessidade de uma formação social, que é constitutiva da Igreja e proposta de uma rede universal, para suprir as necessidades existentes.

Pe. Inácio ainda fala da crise civilizacional, que há carência de solidariedade diante das exclusões que vivemos. Há uma intoxicação de consumismo desenfreado e a VRC tem a possibilidade de inspirar um outro estilo de vida. Porque o estilo de vida humana atual é insustentável. Precisamos de uma política de civilização. Com a crise intelectual as evidentes se tornam invisíveis. Qual é a missão da Igreja? É repensar e relançar com fidelidade ao Evangelho. Há necessidade de pensar e recuperar pequenos gestos humanitários, deixar-se tocar pelas feridas da humanidade e lembrou os números 31 e 169 da Evangelii Gaudium. Sugere retomar os quatro pilares apresentados na Evangelii Gaudium (EG): – abandonar o cômodo, o imobilismo, que exige ousadia e criatividade (n.33); – ouvir a todos (n.31); – sair de si ao encontro do outro, em que a Igreja é uma grande sala onde todos podem entrar, uma “Igreja em saída”, missionária, como resposta à doação gratuita de Deus (n.179); – concentrar o anúncio no essencial (n.35). Num comentário sugere que o essencial é a palavra de Deus. Assim encerrou a primeira parte da reflexão.

Como continuidade a Ir. Maria Freire faz a reflexão sobre: “Espiritualidade integrada e integradora, alicerce da VRC em tempos de incertezas”. Serviu-se de uma apresentação em PPT. Sua reflexão foi a partir da Teologia da Trindade, com uma mística de saber mergulhar no mistério de Deus, que envolve o ser humano e a “Casa comum”. Movimento interior que perpassa a dinâmica antropológica, tendo o corpo como espaço onde se dá este encontro com a Trindade. Isto exige uma metanóia, que rasga e reconstrói novamente a relação com Deus. É um itinerário de conversão. A missão do ser humano no universo é fazer a comunhão presente no universo e essa ação acontece na força da Divina Ruah. O rosto de Cristo é integrado em toda a criação, no centro do Universo. Diante desta crise ecológica ambiental o desafio é ver a Trindade se movimentando e integrando esta criação.

Espiritualidade integral e integradora toca o coração, como a música, os poemas…Tocar o coração, tocar as feridas dos pobres, para reintegrá-los através de gestos relacionais.

Conforme São Boaventura são três os elementos principais daqueles/as que se põe a caminho do seguimento de Jesus Cristo: perscrutátio, contemplátio e glorificatio. (aspectos que poderão ser encontrados no PPT, anexo).

A perscrutátio:  Compreensão da vontade de Deus.

A contemplátio: Nossa alma como meio de espelho.

Trindade é o modelo para fraternidade. A oração da Igreja vai para o Pai pelo Filho no dinamismo do Espírito Santo.

Glorificatio: a mística é calar-se diante do mistério de Deus como diz santo Ambrósio “limpar o ouvido”.

A VRC exige ter ouvido – ser ouvinte da Palavra, que penetra a mente, coração e entranhas. É uma dinâmica mistagógica em que a vida contemplativa e o seguimento de Jesus se encontram e se fecundam. Espiritualidade é dinamismo trinitário de Deus e um itinerário de amor, uma das experiências mais belas e encontra-se no centro do AT e do NT através do Cântico dos Cânticos.

A espiritualidade integral e integradora exige comunhão e unidade. Dá sentido de vida e fortalece a vivência da esperança, que somos convidados a testemunhar através dos carismas. Estes se atualizam ouvindo a realidade das pessoas e da criação. E dão uma resposta ao que a vontade da Trindade Santa nos pede. E conclui sua reflexão rica e profunda reflexão com a “Oração em tempos de incertezas”. Encerrou a segunda parte da reflexão e fomos para o intervalo.

Após o intervalo, Ir. Cleusa coordenou o tempo de ressonâncias em relação ao conteúdo e perguntas. Houve várias expressões de gratidão ao Pe. Inácio e à Ir. Maria Freire pela objetividade, visão crítica e responsável com elementos iluminadores e de discernimento. Foi parabenizado a integração dos dois temas abordados. Estabeleceu-se um diálogo entre a assembleia e o/a assessora e entre os/as participantes, numa busca de respostas e caminhos.

Algumas perguntas feitas: – Em que sentido uma análise pode nos mobilizar e/ou nos desmobilizar para ações concretas? – Como entender o que o Espírito nos pede na complexidade que vivemos? – Como não se intrigar diante desta realidade? – Como lidamos com a economia em nossas instituições? Onde investimos o dinheiro? – Como contribuímos no cuidado da Criação – Casa comum? Por que temos tanta dificuldade de somar as forças numa dimensão profética, como Igreja e VRC? Que diferencial temos em nossas instituições, pastorais, projetos socais…? Onde nos situamos ou estamos? Em cima do muro?

Muitos caminhos e respostas estão na mudança de mentalidade, mudança no estilo de vida, no criar uma outra “cultura”. Temos campos de ação possíveis de realizar algo diferente e transformador. Ser testemunhas do sentido da vida e da esperança. Importância de não “fugir” do confronto com a Palavra de Deus, que nos tira do comodismo e nos indica caminhos libertadores. Buscar sentido, para permanecer em pé e testemunhar a verdade que acreditamos, que transcende. Implica ser empática, mergulhar nesta realidade e buscar resposta ao que a Trindade pede neste momento. A Trindade é entrega. O coração da Trindade é a cruz. O dom do ressuscitado é a consolação, a paz.

Jesus ensina os discípulos no caminho e nós aprenderemos também no caminho cheio de ondulações, que é a realidade. A pandemia nos coloca num “festival de incerteza” e este nos coloca em movimento diante destas incertezas. Necessidade de ficar atentas/os ao Espírito que é consolador, dá fortaleza, ilumina e acompanha. Cultivar uma espiritualidade profética. Profetismo comunitário, de unir forças. A profecia maior é a esperança. Talvez ainda sejamos muito competitivos, vaidosos, individualistas, com medo de perder a fama e isto dificulta o trabalho conjunto. Falta nos “antenar” de que tudo está interligado, também entre as Congregações, na Igreja e entre as igrejas cristãs. Temos medo de nos perder no todo. Para ser profeta há necessidade de comunhão, sinodalidade e, como o Papa Francisco, nos orientar pelo Evangelho, pela opção pelos pobres.

O caminho de Jesus é o espaço de sua revelação. A chave trinitária é uma espiritualidade integradora. A trindade é amor e relacional. É dançante. P O ressuscitado é aquele que consola desejando a paz e espantando o medo. A construção do diálogo para a paz é o caminho da ressureição.

Concluindo o Frei Vanildo agradece a presença de todos/as e definiu a assembleia como uma pequena expressão de sinodalidade na VRC e Igreja. Importante construir o diálogo como caminho e desejou que o Espírito Santo continue orientando-nos. Lembrou que será encaminhado um instrumental de avaliação, juntamente com o material solicitado.

Ir. Aldinha agradece o gostoso encontro e ao mesmo tempo comprometedor, onde juntos/as buscamos luzes e respostas às nossas perguntas e inquietações. Convidou Dom José para dar a palavra e bênção final. Dom José agradece a todos/as pela presença e a partilha das angústias e esperanças, agradece à Equipe da CRB e lembra os sacerdotes, religiosos e religiosas, que partiram para o Pai durante a pandemia. Deseja que, tudo o que ouvimos, abra os corações e que o sopro do Espírito ajude a olhar a realidade e o futuro com confiança e esperança. Olhar a vida com a esperança de Maria e a nos colocar a serviço do Evangelho. Servir e caminhar como Maria. Concluiu com a bênção da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Secretaria: Ir. Lurdes Luke e Pe. Charles Wilner

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Boletim ANUNCIAR 184 – Maio 2021 https://www.crbrs.org.br/boletim-anunciar-184-maio-2021/ Tue, 01 Jun 2021 14:34:19 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1451 Acaba de ser publicado o n. 184 do Boletim ANUNCIAR da CRB/RS. Nele você encontra informações sobre as principais atividades do Regional e também a programação para os próximos meses.

Para acessar o Boletim CLIQUE AQUI!

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Corpus Christi – Roteiro Orante https://www.crbrs.org.br/corpus-christi-roteiro-orante/ Mon, 31 May 2021 19:31:27 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1441 A Equipe de Reflexão da CRB/RS, no intuito de ajudar as comunidades a dinamizar seus momentos de espiritualidade comunitária, está oferecendo uma série de Roteiros Orantes por ocasião de momentos litúrgico-pastorais importantes.

Você pode BAIXAR AQUI o subsídio para a solenidade de CORPUS CHRISTI e rezar com sua comunidade.

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Clamor na Dor – Celebração em memória ao Pe. Ezequiel Ramin e vítimas da Covid19 https://www.crbrs.org.br/clamor-na-dor-celebracao-em-memoria-ao-pe-ezequiel-ramin-e-vitimas-da-covid19/ Thu, 23 Jul 2020 17:53:04 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1178 Ambientação

Montar uma grande cruz no chão, vela grande ou círio pascal, a Bíblia, imagem de N. S. Aparecida, cartaz com rosto de Ezequiel Ramin e velas pequenas para as/os participantes. Escrever em uma folha de papel as hastag #ClamorNaDor e #SilêncioPelaDor e deixar no ambiente. 

Animador/a

Silêncio pela dor!…(pausa silenciosa). 

Clamor na dor!… (pausa silenciosa). 

Vida e morte se cruzam e se entrelaçam, mas ninguém morre quando permanece vivo no coração daquelas/es a quem ama e que é amada/o. Hoje, celebramos o 35o. Aniversário do martírio do missionário-religioso, Pe. Ezequiel Ramin, em Cacoal/RO. Ele entregou sua vida pela causa do evangelho e dos indígenas e pobres. Pe. Ezequiel é um mártir de opção pelos pobres. Que sua vida e milhares de vidas tombadas, sejam sementes de ressurreição. 

(Música do Pe Zezinho – Diante de ti, ponho a vida e ponho a morte – somente o refrão) 

Animador/a: Com o mártir Pe. Ezequiel Ramin e todas as pessoas atingidas pelo covid-19, confiantes, invoquemos o Deus da vida e do amor, na certeza de que Ele escuta e acolhe nosso silêncio, nosso clamor na dor! Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 

T: Amém. 

Leitor/a 01: Milhares de vidas estão sendo ceifadas no Brasil e no mundo pela covid-19. Vidas interrompidas, vidas de pessoas amadas e que amavam… pessoas que tinham sonhos e projetos. Quanta dor e luto não ouvidos, não acolhidos, mas abafados, desconsiderados, silenciados… 

(silêncio) Refrão: “Ouvi o grito que sai do chão do oprimido em oração”. 

Animador/a: Recordação do silêncio e do clamor na dor do povo brasileiro. 

(Pausadamente, partilhar situações, nomes de pessoas – Refrão) 

Leitor/02: Rezemos, de forma alternada o Salmo 86: 

– Inclina teu ouvido Javé, e responde-me / porque sou pobre e indigente! 

Guardai minha vida porque sou fiel; / salva o teu servo que confia em ti! 

– Tem piedade de mim, Senhor, / pois em tua direção que eu clamo o dia todo! 

Alegra a vida do teu servo,/ pois em tua direção, Senhor que elevo minha alma! 

– Porque tu és bom e clemente, Senhor; e repleto de misericórdia com todos os que clamam a ti! 

Javé, escuta minha oração, / presta atenção à voz de minha súplica. 

– No dia de minha angústia, clamo a ti / porque tu me respondes. 

Não existe entre os deuses ninguém semelhante a ti, nada que se iguale às tuas obras, ó Deus! 

– Todas as nações que criaste virão a ti/ e diante de ti se prostrarão, Senhor, e glorificarão o teu nome; pois és grande, ó Deus e fazes maravilhas. Tu, somente és Deus! 

– Ensina-me o te caminho, Javé/ e eu andarei em tua verdade. 

Conserva íntegro o meu coração/ no temor de teu nome. 

– Eu te celebrarei, Senhor, meu Deus, com todo o coração; vou glorificar teu nome para sempre. 

Pois é grande teu amor para comigo, tu me livraste a minha alma das profundezas das moradas dos mortos. 

– Concede a teu servo a tua força, salva o filho de tua serva, realiza um sinal de tua bondade em mim. 

– Meus inimigos verão e ficarão envergonhados, porque, tu, Javé, me socorres e me consolas. 

(Convidar os participantes para fazer ressonância do salmo) 

Animador/a: O nosso Deus é misericordioso e compassivo. Ele está presente em todas as situações. Ouve nosso clamor, inclina o ouvido para escutar o nosso grito e desce para nos consolar e nos conceder a libertação. Ouçamos a Palavra de Deus que ilumina nossa vida, nas mais diferentes realidades e sofrimentos.

Leitor/a 01: Leitura do livro do Êxodo 3,7-8a 

“O Senhor disse: Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel.” 

(Após alguns instantes de silêncio, uma voz faz ressonância, frisando as palavras: 

“eu vi, eu vi a aflição de meu povo… eu ouvi os seus clamores… sim, conheço seus sofrimentos… e desci para livrá-lo… os clamores dos israelitas chegaram até mim…”) 

Música – “Eu só peço a Deus” (clique no título para entrar no link) 

– Eu só peço a Deus/ Que a dor não me seja indiferente/ Que a morte não me encontre um dia / Solitário, sem ter feito o que eu queria (bis) – Eu só peço a Deus / Que a injustiça não me seja indiferente Pois não posso dar a outra face / Se já fui machucado brutalmente 

– Eu só peço a Deus / Que a guerra não me seja indiferente É um monstro grande e pisa forte / Toda a pobre inocência dessa gente (bis) 

Animador/a: A luz da VIDA, da ESPERANÇA e da RESSURREIÇÃO ilumina este tempo de pandemia. Há sinais de vida e gestos de solidariedade que iluminam o céu da humanidade em sofrimento; iluminam céu de nosso país, obscurecido por tanto descaso com a vida e com a dor. Podemos acender uma vela e, explicitar as luzes que contemplamos, neste tempo de pandemia. Coloquemos a vela na grande cruz que compõe nosso cenário e simboliza a cruz de Jesus. 

(Depois das velas colocadas, se possível, apagar a luz, deixando somente as velas acesas – silêncio) 

Leitor/a 02: Irmãs e Irmãos rezemos, espontaneamente, as intercessões: 

– Senhor, todas as VIDAS CEIFADAS nesta pandemia, 

Todos: acolhei-as em vosso Reino de vida em plenitude! 

– Senhor, eis o nosso CLAMOR pela DOR, 

Todos: ouvi-nos, Senhor! 

– Senhor, apresentamos o SILÊNCIO na DOR de tantas famílias: pais, mães, filhas, filhos, irmãos… amigos… 

Todos: consolai vossas filhas e filhos!

Leitor/a 01: Vamos invocar nossa Mãe Maria , rezando Ave Maria… 

(Durante o canto é passada a imagem, de nossa Mãe e Padroeira, N. S. Aparecida, cada um/a poderá fazer um gesto simbólico de benção ou carinho) 

Canto: Santa mãe Maria, nessa travessia (Letra e música: José Santana) 

Santa mãe Maria, nessa travessia cubra-nos teu manto cor de anil. 

Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, Santa padroeira do Brasil. 

Refrão: Ave, Maria! Ave, Maria! (Bis) 

Com amor divino, guarda os peregrinos nesta caminhada para o além. Dá-lhes companhia, pois também um dia foste peregrina de Belém. 

Leitor/a 02: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia… o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21,1.2b.4). 

Animador/a: Com a certeza de que Deus está conosco e Ele mesmo é o nosso consolo e consolador, peçamos a sua bênção: Em nome do Pai… 

Gesto concreto: “O silêncio quando é privado é oração e contemplação. O silêncio quando é público é indignação e clamor” (Ir. Henrique, Peregrino da Trindade). Por isso, vamos tornar público o nosso silêncio. Fotografe este momento orante e publique nas redes sociais usando as Hashtag #ClamorNaDor e #SilêncioPelaDor. 

Canto Final: escolha do grupo

– Senhor, eis o nosso LUTO silenciado e dolorido, Todos: guardai em vosso coração misericordioso e compassivo! 

– Que o sangue de Pe. Ezequiel e de tantos mártires fecunde sempre mais o solo da missão, 

Todos: ouvi-nos e atendei-nos, Senhor Deus da Vida. 

– Senhor, são milhares de pessoas doentes, afetadas pela covid-19, 

Todos: concedei-lhes a cura e plena recuperação. 

Animador/a: com Jesus, com Pe. Ezequiel, com os mártires e as vítimas da pandemia do coronavírus, vamos dar as mãos e cantar ao nosso Deus Mãe e Pai, a oração que o próprio Jesus nos ensinou: 

Canto: Pai Nosso dos mártires (Letra e música: Cirineu Kuhn, svd) Pai nosso, dos pobres marginalizados/ Pai nosso, dos mártires, dos torturados Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida, / Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida / Teu Reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão / maldita toda a violência que devora a vida pela repressão./ O, o, o, o, O, o…

– Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador,/ não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor. / Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões. / O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões./ O, o, o, o, O, o, o, o 

– Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte,/ perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é mais forte. / Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos. 

// Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos / Pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos / O, o, o, o, O, o, o, o// 

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Mês Vocacional 2020 – Celebração para a Semana/Dia dos/as Religiosos/as https://www.crbrs.org.br/mes-vocacional-2020-celebracao-para-a-semana-dia-dos-as-religiosos-as/ Thu, 23 Jul 2020 17:29:28 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=1172 TEMA: Amados e Chamados por Deus

LEMA: És precioso aos meus olhos… Eu te amo (cf. Is 43,4)

(Sugere-se iniciar com um mantra, ou o refrão: até aqui o Senhor nos conduziu…)

ACOLHIDA

C – Queridos(as) irmãos(ãs), neste Mês Vocacional, com toda a Vida Religiosa Consagrada (VRC) no Brasil, somos convidados(as) a rezar a partir do dom do chamado que recebemos do Senhor, partilhar nossa caminhada vocacional e renovar nossa alegria de sermos pessoas eleitas a servir o amado povo de Deus. Coloquemo-nos na presença de Deus, cantando… (escolher um canto vocacional) (escolher um canto vocacional)

PALAVRA DE DEUS

C – A  Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos convidam  a aprofundar o tema “Amados e Chamados por Deus” neste Mês Vocacional à luz da palavra de Deus revelada ao profeta Isaías: “És precioso aos meus olhos… Eu te amo”. Deus chama porque ama. Nossa vocação é expressão do amor de Deus. A Exortação Apostólica Christus Vivit nos ajudará a aprofundar o tema.

  1. Canto apropriado: “Pela palavra de Deus…”, ou outro.
  2. Ler o texto Is 43,1-7
  3. Destacar palavras ou frases marcantes.

PALAVRA DO PAPA na Exortação Apostólica Christus Vivit[2]

C – Papa Francisco dirige a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit “a todos os jovens”, mas dirige-se ao mesmo tempo “a todo povo de Deus” (n. 3). Portanto, também à Vida Consagrada ele fala. Com o coração disponível, mergulhemos na temática com algumas de suas inspirações.

Leitor 1 – “CRISTO VIVE: Ele é a nossa esperança, e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que Ele toca se torna jovem, se torna novo, se enche de vida. Por isso, as primeiras palavras que quero dirigir a cada um dos jovens cristãos são: Ele vive e te quer vivo!”  (n. 1).

Leitor 2 – “Quando te sentires envelhecido pela tristeza, ressentimentos, medos, dúvidas ou fracassos, Ele estará ali para te devolver a força e a esperança” (n. 2).

Leitor 3 – “A verdadeira juventude é ter um coração capaz de amar. Por outro lado, o que envelhece a alma é tudo o que nos separa dos outros” (n. 13).

Leitor 1– “Uma Igreja na defensiva, que perde a humildade, que deixa de escutar, que não permite que a questionem, perde a juventude e se transforma em um museu. Como poderá acolher os sonhos dos jovens dessa maneira? Mesmo que tenha a verdade do Evangelho, isto não significa que a compreendeu plenamente, pois tem que crescer sempre na compreensão desse tesouro inesgotável” (n. 41).

T – “Não deixes que te roubem a esperança e a alegria” (n. 107).

Leitor 2 – “Tenta ficar um momento em silêncio, deixando-te amar por Ele. Tenta calar todas as vozes e os gritos interiores, e fica um momento em seus braços de amor” (n. 115).

Leitor 3 – “Somente o que se abraça pode ser transformado. O amor do Senhor é maior que todas as nossas contradições, que todas as nossas fragilidades e que todas as nossas mesquinharias. Mas é precisamente através de nossas contradições, fragilidades e mesquinharias que Ele quer escrever esta história de amor… A verdadeira queda – atenção a isto! – a verdadeira queda, aquela que nos pode arruinar a vida, é ficar por terra e não se deixar ajudar»” (n. 120).

Leitor 1 – “Não se aposentem antes do tempo” (n. 143).

Leitor 2 – Vocação é “reconhecer o fim para o qual fui feito, o objetivo de minha passagem por esta terra, o plano do Senhor para minha vida” (n. 256).

Leitor 3 – “No início do ser cristão não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo” (Bento XVI em Deus Caritas Est, n. 1 – citado em CV n. 129).

RETOMANDO…

  1. Retomar, em silêncio, os textos acima.
  2. Em clima de oração, partilhar livremente a frase ou palavra que mais tocou.

APROFUNDANDO…

Leitor 1 – “Tudo o que Ele toca se torna jovem”. Ele já nos tocou. Foi um toque de amor, marcou profundamente nosso ser, a tal ponto que nos levou a abandonar livremente tudo, para pertencer a Ele, num testemunho de coração indiviso.

Leitor 2 – Por isso, minha vocação não é, antes de tudo, uma ‘escolha’, ou uma ‘opção’ que faço, mas é uma descoberta. “Tu me chamaste: aqui estou” (1Sm 3,6). Escolhas e opções posso mudar. A realização de minha existência está ligada ao ser o que eu deveria ser, não dependendo dos lugares onde estou ou das tarefas que me ocupam. Olhemos para Maria de Nazaré:

T – Eu sou a Serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!” (Lc 1,38).

Leitor 3 – Em qualquer idade, em qualquer fase da vida, em qualquer missão onde o Espírito nos tenha conduzido: Deus nos “renova” e nos “enche de vida”, no dizer do Papa. Experimentar a presença amorosa de Deus faz arder nossos corações e brilhar nossos olhos, em qualquer idade…

T – “Eu amei você com amor eterno. Por isso, conservei meu amor por você” (Jer 31,3).

Leitor 1 – O amor de Deus por nós é eterno, mas saber disso não nos basta; precisamos experimentar sempre de novo o toque amoroso de Deus. Tal experiência renovada do amor Deus me rejuvenesce e me “reconstrói” (Jer 31,4).

Leitor 2 – Como obra nas mãos do oleiro (Jer 18,1-6), sempre estou sendo aperfeiçoado(a) ao longo dos anos de minha vida consagrada. Por isso, no momento de minha partida deste mundo, estarei no grau mais elevado de minha vida espiritual, na minha maior capacidade de amar, na etapa mais madura de minha vida de santidade.

T – “Quando eu gritei, tu me atendeste e aumentaste a força dentro de mim” (Sl 138,3).

Leitor 3 – Quem é amado(a) e se sente chamado(a) por Deus, experimenta que é precioso(a) aos olhos de Deus, é sempre capaz de jogar fora o velho fermento, para que ser a massa nova (cf 1Cor 5,7). Sempre encontra motivos e energia para se levantar depois da queda, e recomeçar. Nunca se cansa de despojar-se do “velho homem” para vestir-se do “homem novo” (cf Cl 3,9.10).

PARA PARTILHAR

  1. Partilhar a experiência do ‘amor primeiro’ (Ap 2,4), em que você se sentiu tão intensamente amado(a) por Deus a ponto de deixar tudo para consagrar-se a Ele.
  2. Partilhar experiências no caminho de sua Vida Consagrada em que você se sentiu confirmado(a) e renovado(a) pelo amor eterno de Deus.
  3. Em que o fenômeno da experiência mundial no combate ao COVID-19 influenciou em sua Vida Consagrada? Ajudou a descobrir novos dons? Está ajudando jovens no seu discernimento vocacional, na busca de sentido para a vida?

ORAÇÃO COM O SALMISTA

C – “Com efeito, quem confia no Senhor ‘será como a árvore plantada junto à água, que estende as raízes para o rio e não teme o tempo de calor, suas folhas permanecem verdejantes’” (Jr 17, 8 – CV n. 133). Rezemos com o salmista, expressando que, como consagrados(as), desejamos permanecer “permanecer junto ao riacho”, para sempre darmos frutos.

– Rezar o Salmo n. 1

ORAÇÕES: gratidão, louvor, perdão, preces.

– (Orações espontâneas)

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES: “Jesus, Mestre Divino, que chamastes…”

QUE TAL UM RAMALHETE ESPIRITUAL, UM PROPÓSITO?

C – Nossa Celebração foi um passeio num belo jardim, onde há tantas flores, das mais vivas cores e com os mais diversos perfumes. Que tal sair levando uma flor? Leve-a consigo, para não esquecer a experiência desse passeio. Qual a flor (palavra, frase) que você não quer esquecer, com cujo perfume deseja contagiar a quem encontrar no caminho? Qual poderia ser o compromisso pessoal ou do grupo?

UM TESTEMUNHO

C – Antes de concluirmos nossa Celebração, ouçamos o testemunho bonito de um religioso apaixonado por Deus:

“Nada pode importar mais do que encontrar a Deus. Isto é, apaixonar-se por Ele de maneira definitiva e absoluta. Aquele pelo qual te apaixonas acalma tua imaginação, e acaba deixando sua marca em tudo. Será isso a decidir o que te tira da cama de manhã, que fazes com teus fins de tarde, em que empregas os teus fins de semana, o que lês, o que conheces, o que te parte coração e o que te recarrega de alegria e gratidão. Apaixona-te! Permanece no amor! Tudo será diferente” (Pedro Arrupe, sj, Apaixona-te – CV n. 132).

BÊNÇÃO

C – Peçamos que nossa existência continue a ser uma bênção para nosso Instituto, a Vida Consagrada e toda a Igreja.

Canto: “Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora, Aparecida”

C – Abençoe-nos o Deus que nos Elegeu e continua a nos Amar: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

[1] Elaboração: Pe. Aldino Jose Kiesel (OSFS) – Membro da Equipe Bíblica da CRB/RS.

[2] PAPA FRANCISCO. Exortação Apostólica Pós-Sinodal: Christus Vivit para os jovens e para todo o povo de Deus. São Paulo: Paulus, 2019.

(Celebração organizada por Pe. Aldino José Kesel, Osfs – Equipe Bíblica da CRB/RS)

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Encontro da Coordenação da CRB/RS com os Provinciais e Bispos do Rio Grande do Sul https://www.crbrs.org.br/encontro-da-coordenacao-da-crb-rs-com-os-provinciais-e-bispos-do-rio-grande-do-sul/ Sat, 08 Jun 2019 00:13:57 +0000 https://www.crbrs.org.br/?p=650 Na última quarta-feira, dia 05 de junho, aconteceu em São Leopoldo o Encontro Anual da Coordenação da CRB/RS com Ministros Provinciais e Bispos do Rio Grande do Sul.

Publicamos aqui o texto da saudação de abertura pronunciada por Irmã Aldinha Welsbacher, Presidenta da CRB/RS:

Novos tempos – Novas respostas, mesma missão.

As duas Conferências (CRB/Nacional) e (CNBB) possuem algo em comum desde a proximidade da fundação (CRB/Nacional, 1954) e CNBB (1952), ambas com a missão de tornar visível o Evangelho de Jesus Cristo, num mundo de profundas e complexas mudanças que ameaçam a vida e ferem a dignidade das filhas e filhos de Deus.

A CRB/RS – fundada em fevereiro de 1957, intensificando o objetivo da Nacional, visa estimular e animar a Vida Religiosa Consagrada. Recentemente celebramos 60 anos de presença mística e profética no Rio Grande do Sul.  Para melhor servir o Reino de Deus e responder os desafios dos novos tempos, a Regional conta com 20 Núcleos de Consagradas/os, nas 18 Dioceses do Estado, integrados na missão da Igreja. Com alegria registra-se também, a presença significativa de 13 Mosteiros de Vida Contemplativa.

O Encontro dos Bispos e Provinciais, é sempre uma oportunidade para reafirmar nossa parceria e comunhão na eclesialidade e missão. São muitos os problemas que a Igreja Sul 3 enfrenta hoje, mas a confiança em Deus que é nossa esperança, supera e nos sustenta, apesar da “sociedade do consumo e do cansaço”. Este intercâmbio na missão se faz necessário sempre, em vista do Reino de Deus

Acompanhamos com nossas orações a realização da Quinquagésima sétima Assembleia da CNBB e nos alegramos muito com o posicionamento profético da Mensagem ao Povo Brasileiro, cheia de esperança e otimismo, frente aos desafios da sociedade do nosso tempo. Carta que denuncia os abusos contra a vida e anuncia que a vida de cada ser humano e a vida do Planeta, dom precioso de Deus, há que ser respeitada em sua dignidade e diversidade.  

Das muitas fraquezas e ameaças que o novo tempo nos impõe, somos encorajadas e encorajados a vislumbrar um novo horizonte, solidificando nossas ações, no anúncio da Palavra, com a marca de uma Igreja profética e missionária, em direção à defesa e promoção da vida.

Contamos com as vossas orações pela realização da XXV ASSEMBLEIA GERAL ELETIVA (AGE) da CRB Nacional nos dias 10 a 14 de julho, em Brasília. No espírito da sinodalidade, queremos e podemos construir juntos, um caminho de comunhão e intercongregacionalidade por uma Igreja humana, acolhedora, solidária e misericordiosa.

Ir. Aldinha Inês Welzbacher

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