Apresentação do Curso

Acompanhamos, nos últimos anos, uma elevação da longevidade humana no Brasil. Dados do IBGE atestam o aumento do número de idosos e da estimativa de vida.

Esta realidade traz desafios e interroga sobre o modo como estamos envelhecendo e a qualidade de vida nas terceira e quarta idades. O presente curso, com enfoque interdisciplinar, possibilita uma visão ampla e contextualizada que abarcara complexidade e a dinâmica que o tema exige, capacitando e atualizando os participantes através de conhecimentos pertinentes e necessários para atuar na área.

O curso apresentará o contexto no qual a população idosa está inserida e seus desafios; apontará estratégias para garantir qualidade de vida à pessoa idosa; formará pessoas com competências para compreender, acolher e acompanhar o idoso de forma holística e ética, além de debater sobre os vários conceitos para a velhice e as mudanças bio-psico-sociais associadas à passagem do tempo.

Oferecido até 2019 pelo Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE), tem continuidade sob a responsabilidade da Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), que se dedica à formação humana, teológica e espiritual. A partir dos princípios orientadores da ESTEF, a pessoa idosa é vista como protagonista de sua história. O Curso tem o apoio da Conferência dos Religiosos do Brasil – Regional Porto Alegre.

Objetivo Geral

Oferecer elementos para o envelhecimento saudável e para a qualificação na atenção às pessoas idosas em casas de longa permanência, especialmente de religiosos, religiosas e clero.

Objetivos Específicos:

1. Capacitar os participantes para atuar de modo humanizado com o público envelhecente, promovendo a convivência intergeracional;
2. Desenvolver o domínio de conhecimentos sobre as condições da realidade onde a pessoa idosa está inserida (cotidiano, ambiente e rotinas) e a análise crítica na apreensão deste contexto, mostrando como diversas áreas podem contribuir para o envelhecimento saudável.
3. Promover conhecimentos conceituais e procedimentais referentes às doenças geriátricas e suas implicações na saúde da pessoa idosa, refletindo e compreendendo a importância de cada profissional na avaliação e tratamento multidimensional;
4. Relacionar de modo integrado as dimensões do envelhecimento humano, espiritualidade e cuidado, desenvolvendo estratégias de planejamento em vista da ocupação/missão.

Programa do Curso

I Etapa: 25 a 28 de agosto de 2022

Fundamentos histórico-conceituais do envelhecimento humano

    Envelhecimento Humano: contexto, desafios e perspectivas

    Trabalho e Ócio: dilemas e formas de ocupação da pessoa idosa

    As mudanças psicológicas face ao Envelhecimento Humano

    As mudanças físicas face ao Envelhecimento Humano

II Etapa: 24 a 27 de agosto de 2022

Envelhecimento Humano e espiritualidade

 Envelhecimento Humano e Espiritualidade: contribuições da visão cristã

 Oração e novas formas de vivência na velhice

 Envelhecimento Humano, saúde e fé

III Etapa: 26 a 29 de outubro de 2022

Envelhecimento humano, saúde e cuidado

    Qualidade de vida no Envelheci- mento Humano

    A arte de cuidar: o cuidado e o cuidador

    Aspectos práticos no cuidado da pessoa idosa

    Avaliação e Encerramento

*O curso inicia as 13h30min do primeiro dia e nos demais dias as atividades se desenvolvem das 8:00 – 12:00 e das 13:30-17:30

Metodologia

A organização metodológica se dará por abordagens temáticas, a partir do entrelaçamento entre envelhecimento humano, espiritualidade e cuidado. A primeira visa aprofundar os fundamentos do envelhecimento humano; a segunda vida aprofundar e qualificar a forma de ocupação do idoso, tendo como conceito-chave a espiritualidade; e a terceira visa aprofundar os elementos essenciais da saúde e do cuidado da pessoa idosa.

Público

O curso destina-se aos Consagra- dos e Consagradas vinculados/as às diversas Congregações Religiosas, ao Clero Diocesano, aos Cuidadores nas Casas de Longa Permanência e de- mais pessoas interessadas no aprofundamento do tema.

Vagas

O Curso disponibiliza 50 vagas. A prioridade será garantida mediante a ordem de inscrição. O Curso será oferecido se houver o número mínimo de 30 inscritos.

Certificação

O Curso é desenvolvido pela Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), instituição credenciada pelo MEC e conta com a parceria da CRB/RS. Os participantes que alcançarem 85% de frequência receberão Certificado.

Investimento

Inscrição individual: R$ 2.000,00

Instituições que inscreverem dois participantes terão 10% de desconto em cada inscrição.

Instituições que inscreverem três participantes ou mais terão 15% desconto em cada inscrição.

Inscrições: 01 de novembro de 2021 a 31 de março de 2020.

Os interessados e interessadas farão sua inscrição no site ESTEF http://www.estef.edu.br/cursos. Outra opção é enviar endereço completo e cópia do RG e CPF através do e-mail estef@estef.edu.br ou via postal para a Secretaria da Estef.

Local do Curso

Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana (ESTEF), conforme endereço abaixo.

Hospedagem

Aos que tiverem interesse e necessidade

– pensão completa: R$ 532,00 por pessoa por módulo.
Quarto duplo – pensão completa: R$ 433,00 por pessoa por módulo.

Pousada dos Capuchinhos (ao lado da ESTEF). Custo R$ xxxxx  por módulo – em quarto individual, com café da manhã, almoço e jantar.

Contato: 51 3223 2800 ou reservas@capuchinhos.poa.br

Contatos e  informações

Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana – ESTEF

Rua Tomás Edson, 212 – Bairro Santo Antônio – CEP 90640-100 – Porto Alegre – RS

Fone: (51) 3217-4567– estef@estef.edu.br | WhatsApp: 51 991072640

Conferência dos Religiosos do Brasil

CRB – Regional do Rio Grande do Sul.

Fone: 51 3221-0050 | E-mail: crbpoars@terra.com.br

O que nos levou à escolha deste assunto foi a partilha que o secretário fez para a equipe, numa live, sobre a palestra que um padre camiliano da Espanha, Mateo Bautista, fez para os irmãos maristas do Brasil, abordando   O QUE GANHAMOS COM AS PERDAS E DESAPEGOS.

Estudamos a proposta em equipe, a irmã Tatiana elaborou os slides e o secretário foi encarregado da explanação, fazendo, naturalmente alguns acréscimos para preencher o que faltava, pois a live do Pe Mateo não foi gravada. A equipe confiou nas anotações e memória do explicitante. A aceitação foi muito boa, tanto que todos manifestaram terem uma cópia dos slides.-“Quando Deus ajuda, o vento apanha lenha…”Melhor, somos gratos ao Espírito Santo que guia a Vida Religiosa.

Alguns pontos da Live

-Jesus é para nós modelo e referência na dor e nas perdas. Nunca reclamou nem se queixou. Pediu ao Pai afastar o cálice, mas não se fizesse a sua vontade e sim a vontade do Pai.

– O que ganhamos com as perdas: Frustração, revolta, indignação, queixa? Olhar para Jesus, que atitudes tomou.

– Sofrimentos, perdas, são inerentes à vida: perdemos a infância, a adolescência, a juventude, a vida adulta. A idade nos põe limites, que fazer? Entender e dar um sentido para cada fase. Se soubermos dar um sentido, uma razão para nossas perdas, elas serão ganhos. Alguém quereria ficar sempre criança, adolescente, jovem? Ficar na lamentação, a vida se torna insuportável, inútil, perdida.

– Maria foi jovem, foi adulta e ficou velha. Há mariólogos que afirmam ela ter chegado aos 72 anos. Por que só a apresentamos jovem? Podíamos também ter uma imagem de Maria vovozinha, querida como soem ser as vovós. Ela viveu e aceitou a vida que Deus lhe deu e é a Santíssima Virgem Maria em todas as fases de sua vida. Ela também conheceu desapegos e sofreu perdas. Ver nos relatos dos Evangelhos. Quem é Ela através dos séculos? Aquela mulher que todas as gerações chamam de bendita (cf Lc 1,46 ss).

– Com as perdas e desapegos ganhamos mais vida, mais sentido para viver. Elas nos ensinam que a vida é um contínuo e progressivo aperfeiçoamento, rumo à casa do Pai. O nosso corpo, homem, “ Homo, humus” e´ barro, chão, é pó, animado por uma alma imortal, sopro de Deus, tende para a eternidade. O corpo mortal é um instrumento que Deus nos deu para nele desenvolver as nossas potencialidades humanas, psíquicas e espirituais… Por isso é santo: foi batizado, crismado, foi consagrado, recebeu sacramentos…É digno de todo o cuidado e respeito. Santo Irineu tem uma expressão bonita a respeito: “Gloria Dei, homo vivens” .É gloria para Deus que este “homo” tenha vida. Portanto, a glória de Deus é que o homem e a mulher vivam! (cf Jo 10, 10).-Que tenham vida em abundância.

– O que é nosso? O que eu guardo, não é meu, o egoísmo serve para nada. O que me valoriza é o que dou, o que entrego. Pode-se dizer: o único que é meu, é o desapego, minha entrega. O que nos engrandece e glorifica é a doação!  “Eu estive com fome, estive preso, estive com sede…. Tudo o que fizestes a uns dos meus pequeninos, a mim o fizestes… ( cf Mt. 25,3 e ss). “Na tarde da vida seremos julgados sobro amor” (São João da Cruz)

– Potencialidades guardadas, não desenvolvidas, morrem com a gente. Realizadas em atos, atitudes, se tornam realidade, engrandecem e enriquecem a vida. São grãos de trigo lançados na terra que frutificam (cf Jo 12,24 )

– O sadio desapego nos torna livres. Neste sentido, os religiosos e religiosas são pessoas felizes, abençoadas e abençoantes. Quanto desapego na vida consagrada; não se tem esposa, esposo, filhos e não dizemos: minha mulher, meu marido, meu, meu, e meu… Desapego por causa do Reino. Somos irmãos e irmãs universais. Temos tudo para sermos as pessoas mais felizes do mundo!

-Nossa saúde ou doença, ou nossas fraquezas, até a morte é um ganho. Não dizia Santa Tereza: “ Yo muero porque non muero?  E Santo Ambrósio chegou a dar os parabéns para o seu irmão Ático por ter morrido, porque agora estava salvo, não teria mais sofrimentos, não teria mais tentações, livre do perigo de se perder. Com Deus estava seguro (assim o santo  falou no panegírico).

– O maior sofrimento é não saber elaborar as perdas. Ah, fui tantas coisas na vida, trabalhei tanto, administrei e governei…me matei trabalhando, agora, que tenho tanta experiência e sabedoria, não sou mais ninguém… ninguém me considera… se ao menos soubessem quem eu fui…e por aí vai…. Meu irmão, minha irmã, o tempo passou, agora é a vez dos outros e que sejam felizes e bem-sucedidos! Porém, resta uma certeza: Nada do que foi feito de bom na vida se perde. Todas as nossas boas ações… estão guardadas no celeiro celeste.

Seja o que for, ninguém deve viver sem missão, sem dar um sentido a sua vida. Se for idoso ou idosa, pode ainda dar exemplo de desapego, de alegria, de piedade, de oração, de harmonia, de fraternidade, de amabilidade, de solidariedade, de sorriso, de se alegrar com o sucesso de outros e sentir-se feliz com a vida.

– Os jovens precisam ainda do exemplo dos mais velhos, precisam de referências, precisam de modelos. Se os jovens não virem mais pessoas cristificadas, doadas, amorosas, cheias de esperança, alegres, acreditando na vida, onde vão se espelhar? – Nosso amor à Igreja, aos nossos Institutos, nosso amor a Jesus e Maria devem contagiar, transformar. A oração é uma força mais poderosa do que uma bomba atômica, ela não tem fronteiras. Einstein diz que “o amor é uma força que governa todas as outras. O amor é luz, por amor vivemos e morrermos. O AMOR É DEUS E DEUS É AMOR”!  O amor e a oração são apostolados que todos podemos exercer. – Deixar-se ajudar também é um ganho. Aceitar ajuda santifica o paciente e o  cuidador ou cuidadora. É humildade e apostolado. – A maior dor é não saber o que fazer com ela. – Como as adversidades, os desapegos, os sofrimentos, os limites nos podem ajudar a crescer e a nos transformar? Os que nos ensinaram as perdas?

Santo Ângelo,11 de agosto, 2021

Equipe coordenadora do Núcleo das religiosas e dos religiosos.

Assista abaixo o vídeo de lançamento:

No dia 30 de julho celebra-se o Dia Mundial contra o Tráfico de Seres Humanos. A Vida Religiosa Consagrada, na América Latina, tem assumido um protagonista na luta contra este mal que assola o nosso continente e o mundo todo. Em comunhão com  a Conferência Latino-americana de Religiosos e Religiosas e Conferência de Religiosos e Religiosas do Brasil, apresentamos este subsídio para a oração em nossas comunidades.

BAIXE AQUI  o Subsídio para rezar com sua comunidade.

“Não deixeis que te roubem a esperança e a alegria…”

Queremos chegar até vocês através da edição do Anunciar neste mês de julho,  partilhando das iniciativas que estão sendo realizadas nas comunidades e nos grupos. São expressivos os sinal da presença da Vida Religiosa Consagrada. Certamente há tantas outras que não relatamos aqui. Ressaltamos atitudes de vida e esperança em meio a difícil realidade em que nos encontramos.

A equipe de coordenação da CRB/RS,  em solidariedade a Vida Consagrada inserida na sua missão em tempos de incertezas,  procura  reinventar a sua forma de se tornar presente junto aos grupos, núcleos e comunidades. Mesmo em home office se empenha em estar próxima a cada consagrado/a, contemplando os cenários imersos na dor, acolhendo, ouvindo, cuidando e esperançando na vida. Muitas foram às mensagens de orientação sobre o COVID 19, de esperança e consolação emitidas através das diversas redes sociais até o momento. Permaneçamos unidos/as no mar agitado da vida, que muitas vezes nos desestabiliza em nossas certezas,  e nos fortaleçamos na fé, à luz da Palavra de Deus. Que nesta travessia de nossa vida possamos como Consagrados/as confiar que  “É o Senhor que nos indica a margem para onde ir e, ainda antes disso, dá-nos a coragem de subir para o barco; e Ele, ao mesmo tempo que nos chama, faz-Se também nosso timoneiro para nos acompanhar, mostrar a direção, impedir de encalhar nas rochas da indecisão e tornar-nos capazes até de caminhar sobre as águas tumultuosas” . (FRANCISCO, Vaticano, 24/03/20).

BAIXE AQUI o Boletim Anunciar de Julho 2020.

A ESTEF e a Conferência dos Religiosos do Brasil, há 14 anos mantêm o presente curso, frequentado por religiosos/as de todo o Brasil com a intenção de refletir sobre os procedimentos formativos, proporcionando espaço para partilha de experiências e aprofundamento temático.

Ao mesmo tempo que oferece atualização teológica, a especialização proporciona qualificação para quem é responsável pelas várias etapas formativas, inclusive a formação permanente.

Inscrições: Até 30 de junho de 2020, na Secretaria da ESTEF, por correio, pelo site da escola ou e-mail mediante a ficha de Inscrição (em anexo), carta de recomendação do/a respectivo/a superior/a; Curriculum Vitae e Carta com motivações para o Curso.

Matrículas: de 06 a 17 de julho de 2020, mediante a apresentação de Cópia de RG, CPF, Diploma de Graduação, Histórico Escolar e foto 3×4.

Vagas: Mínimo de 25 e máximo de 35.

Regime: Encontros intensivos nos períodos de férias.

I Etapa: 20 a 25 de julho de 2020;

II Etapa: 11 a 30 de janeiro de 2021;

III Etapa: 19 a 24 de julho de 2021;

IV Etapa: 10 a 29 de janeiro de 2022.

Investimento: Matrícula R$ 120,00.

Curso: R$ 7.900,00 (à vista) ou 18 parcelas de R$ 490,00

Hospedagem: Há duas possibilidades de hospedagem: 1) hospedar-se na Pousada dos Capuchinhos que fica ao lado da ESTEF. Nesse caso, fazer contato com a Pousada (51 32 23 28 00 ou reservas@capuchinhos.poa.br); 2) buscar junto à CRB do Rio Grande do Sul a possibilidade de uma hospedagem solidária com alguma comunidade religiosa aqui em Porto Alegre. O telefone da CRB de Porto Alegre é  51 3221 0050  e o email é coordenacaocrbrs@gmail.com com a Irmã Aldinha).

Certificação: A ESTEF fornecerá Certificado de Especialização (cf. Res. CNE/CES n° 01 de 08/06/2007 MEC) ao participante que obtiver a frequência mínima de 75% das aulas ministradas e nota mínima de 7,0 em todas as disciplinas (Monografia Inclusive). Aos participantes que não têm Diploma de Graduação reconhecido pelo MEC será concedido Certificado de Extensão sendo mantidas as exigências de frequência e nota mínima.

Local: ESTEF – Rua Tomás Edson, 212       Bairro Santo Antônio do Partenon – Porto Alegre/RS pos@estef.edu.br  Telefone: (51) 3217456

Baixe aqui o Folder VIDA REL Whats email 2020-2022

Mais informações e inscrições na PÁGINA DA ESTEF.

Os escândalos sexuais são um fato inegável na vida da Igreja. Nos últimos anos os Papas Bento XVI e Francisco romperam com o código de silêncio que, por muito tempo, levou a Igreja a ser considerada cúmplice de tais escândalos. A mudança de postura na atitude da Igreja a fez assumir sua missão profética quanto à proteção de crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, ser voz profética quanto ao cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual.  A humildade,  a transparência e a verdade para tratar de um tema tão dolorido têm construído o caminho que a Igreja decidiu percorrer para edificar uma nova cultura de proteção e defesa dos mais vulneráveis.