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NOVINTER – Caxias do Sul

Na terceira semana do nono mês do ano de 2019 aconteceu o sétimo encontro Novinterca (Novinter de Caxias do Sul), na casa Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação do Santíssimo Salvador Lateranense. Com o tema Ano Litúrgico assessorado pela irmã Veronice Fernandes Discípula do Divino Mestre. Além do grupo de noviços e noviças do primeiro ano, acolhemos neste encontro a presença das cinco noviças do segundo ano das Discípulas do Divino Mestre e a presidenta do regional da CRB de Porto Alegre Irmã Aldinha Welzbacher da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

Após uma breve apresentação, Ir. Veronice com a música Oração ao tempo de Caetano Veloso nos conduziu ao tema, o tempo é um dos pilares fundamentais do Ano Litúrgico, a cada tempo a Igreja sabiamente nos introduz numa dinâmica a fim de tornar sempre mais consciente o nosso caminhar com Jesus.

O tempo é um dado cósmico com horas e segundos, biológico marca o ritmo do coração o nascimento, juventude, idade adulta, ancião, histórico marca a vida de um povo, sagrado eterno. É um dom precioso que nos dado pelo criador e em nosso ritmo de vida é necessário aproveita-lo com consciência, intensidade e maturidade, respeitando o próprio tempo, o tempo do outro, o tempo de Deus.

O Ano Litúrgico está ligado inteiramente com a vida de Jesus seu caminho, suas ações. O Verbo que se encarna num tempo, dentro de uma realidade, que tem uma origem humilde, cumpre os preceitos do seu povo. Que se posiciona diante dos acontecimentos e mentalidade da época, que tem uma opção clara pelos pobres e oprimidos. É nessa realidade concreta que os primeiros Cristãos, após a ressureição de Jesus começaram a se reunir no primeiro dia da semana (domingo) para fazer memória dos ensinamentos de Jesus, ouvir a palavra e fazer o memorial da ceia partilhando os dons os bens.

Com o caminhar dos tempos a Igreja perdeu muito da tradição e a liturgia rica de sinais sensíveis e de participação do povo simples, foi ficando rebuscada e inacessível, por quase quatro séculos o povo nem se quer compreendia o que era dito pelo padre no rito, a palavra foi tomada da mão do povo e o que alimentou a fé por muito tempo foram às devoções.

Com o Concilio Vaticano II a igreja retornou as fontes, ordenou a casa, devolveu ao povo a palavra de Deus, trouxe a liturgia para a simplicidade mantendo a dignidade e respeitando a cultura de cada povo; valorizando a reunião em assembleia, onde também o Senhor se manifesta.

O Ano Litúrgico, é organizado com dois tempos fortes Clico Pascal e Clico do Natal, o clico pascal nasceu da necessidade de ajudar os catecúmenos aqueles que iam ser iniciados na fé a o fazerem bem, com consciência. E muito embora todas as celebrações sejam um memorial da Páscoa do Senhor, para que cada pessoa possa fazer um processo e fazer da própria vida uma pascoa continua, consagramos com intensidade a memória anual da Páscoa. No ciclo Pascal a quaresma é a preparação a grande Festa da Páscoa (da passagem do Senhor), para os batizados tempo de renovar a adesão a Jesus ao seu projeto, tempo de conversão de rever as exigências do batismo no mundo, para os catecúmenos coincide com o tempo da purificação, iluminação. No Tríduo Pascal na Sexta contemplamos a paixão e morte, no sábado o grande silencio e no domingo com início na vigília a Ressureição, no tempo pascal somos convidados a aprofundar a compreensão do mistério pascal.

O ciclo do Natal também conta com uma preparação o Advento tempo de espera vigilante, alegre e piedosa, renova a esperança e mesmo que a vida seja difícil o Deus Conosco, se faz sempre presente entre nós, se observa a ação de Deus na história de cada dia. Nas duas primeiras semanas de advento é apresentada a esperança messiânica do povo de Israel, somos convidados a nos voltarmos para segunda vinda de Jesus no fim dos tempos, nas duas últimas preparamo-nos para celebrar a memória da vinda e nascimento do menino em Belém.

O Tempo Comum o ordinário da vida, a caminhada de Jesus com seus discípulos, o convite a prolongar a páscoa no ano inteiro. O domingo ganha excelência como dia primordial do memorial da ressurreição, dia em que a assembleia unida evoca e reconhece a manifestação do Senhor.

As festas do Senhor nos ajudam a adentrar no seu caminho através delas somos convidados a aprofundar a relação com Ele.

As festas dos apóstolos e discípulos que nos precederam na fé, nos interpelam a aderir a Jesus ao seu projeto e expandi-lo entre todos.

A memória dos santos e santas, do Senhor, pessoas como nós que nos precederam num caminho de fé, nos incentiva a caminhar e ter coragem de fazer uma opção clara pela causa Dele, que se transmita nas ações de nossas vidas.

As festas dos mártires, uma adesão profunda capaz de dar a vida.

As festas de Nossa Senhora nos convidam a pisarmos os passos nas pegadas dela e nos colocarmos como colaborarmos na história da salvação dando Jesus ao mundo.

Todo o ritmo do ano litúrgico nos coloca no caminho com o Senhor, para o Senhor e pelo Senhor.

Diante de toda essa riqueza e sabedoria comunicada a nós através da mãe Igreja, nasce e reforça, em cada um de nós o compromisso de perceber o tempo como um dom precioso de Deus, onde se faz necessária a consciência, pois só quem vive o tempo presente colhe os frutos no tempo futuro, cada tempo, requer uma preparação bem vivida e, sobretudo que nos leve a caminhar com Jesus. É compromisso de todos aqueles que o seguem, favorecer a outras pessoas aderirem a este ritmo de caminhada com o Senhor.

(Noviça Indianara Pereira – Discípula do Divino Mestre)

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