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Enontro do JUNINTER

Com a temática Sinodalidade e Profecia da Vida Religiosa Consagrada – desafios contemporâneos, aconteceu no dia 29 de maio de 2021, o encontro do Juninter. O mesmo teve a assessoria da antropóloga e franciscana secular, Moema Miranda. Participaram Irmãs e Irmãos Junioristas de dezenove Congregações, bem como, formadoras/es e a Coordenadora da CRB/RS, Irmã Aldinha Inês Welzbacher, a qual, logo de início, deu as boas-vindas aos participantes dizendo da alegria de encontrar-se como Vida Religiosa Consagrada.

A partir da acolhida e apresentação, a assessora iniciou sua exposição partindo da pergunta: Sinodalidade e Profecia, o que vem no coração e na mente com estas palavras? E a partir da partilha, fez uma contextualização dos tempos que vivemos apresentando uma leitura dos principais desafios socioambientais contemporâneos, à luz das Encíclicas Laudato Sí e Fratelli Tutti do Papa Francisco, o qual busca estabelecer um verdadeiro diálogo com a sociedade deixando claro que há uma única e complexa crise socioambiental e que a mesma tem raízes na ação humana. Uma ecologia integral para Francisco visa combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e cuidar da natureza, para que nossa casa seja um espaço de igualdade, de solidariedade e de justiça. Nesse sentido, ele faz um apelo veemente para uma conversão ecológica.

Profecia, portando, é anúncio e denúncia permeada e movida de esperança. Vivemos num tempo em que é preciso discernimento dos apelos que a realidade nos provoca, bem como, a denúncia das injustiças, das estruturas e dos sistemas que negam a vida e que cultuam a morte. Faz-se necessário o anúncio da boa notícia de que Deus escolhe os/as pequenos/as e desprezados/as. Ele é Deus-conosco, nós somos parte da obra da criação, estamos intimamente interligados/as com a Natureza. É preciso viver com esperança do verbo esperançar, ou seja, revisar nossas práticas, ativar nossos valores humanos e nossa sensibilidade ecológica, reaprendendo o valor da sobriedade, vivendo em comunidade e acolhendo a riqueza da diversidade.

Num segundo momento, adentramos no tema da sinodalidade, como caminho de comunhão, partilha e compromisso. Ser sinodal é ser solidário na acolhida, escuta e apoio às lutas do povo. É mobilizar-se em favor da vida, por Trabalho, Terra, Teto, por vida digna para todos. Faz-se necessário, em primeiro lugar, uma profunda conversão pessoal e também comunitária, criar a consciência de que somos parte da Terra e ela é nossa Mãe. Diz o Papa Francisco que ninguém se salva sozinho. Precisamos, portanto, unir forças, construir redes, reforçar a sinodalidade entre nós, pois somos parte de um todo e responsáveis por nossa Casa Comum, a Mãe Terra.

A oportunidade de diálogo e construção intercongregacional, que o encontro proporcionou foi de uma riqueza imensa. Fomos e somos interpelados a uma profunda tomada de consciência, provocados a mudança de mentalidade e de atitudes, a realizar práticas comuns em prol da defesa da vida e da justiça. Ser profetas de comunhão entre nós, em primeiro lugar, em nossas casas/comunidades, na igreja e na sociedade. Somos imensamente agradecidas e agradecidos pela partilha e provocações, pelo testemunho profético da assessora que nos ajudam a colocarmo-nos a caminho e intensificar nossa vida de Consagração ao Projeto do Reino de Deus.

Ir. Luciane Piovesan, ICM

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