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Clamor na Dor – Celebração em memória ao Pe. Ezequiel Ramin e vítimas da Covid19

Ambientação

Montar uma grande cruz no chão, vela grande ou círio pascal, a Bíblia, imagem de N. S. Aparecida, cartaz com rosto de Ezequiel Ramin e velas pequenas para as/os participantes. Escrever em uma folha de papel as hastag #ClamorNaDor e #SilêncioPelaDor e deixar no ambiente. 

Animador/a

Silêncio pela dor!…(pausa silenciosa). 

Clamor na dor!… (pausa silenciosa). 

Vida e morte se cruzam e se entrelaçam, mas ninguém morre quando permanece vivo no coração daquelas/es a quem ama e que é amada/o. Hoje, celebramos o 35o. Aniversário do martírio do missionário-religioso, Pe. Ezequiel Ramin, em Cacoal/RO. Ele entregou sua vida pela causa do evangelho e dos indígenas e pobres. Pe. Ezequiel é um mártir de opção pelos pobres. Que sua vida e milhares de vidas tombadas, sejam sementes de ressurreição. 

(Música do Pe Zezinho – Diante de ti, ponho a vida e ponho a morte – somente o refrão) 

Animador/a: Com o mártir Pe. Ezequiel Ramin e todas as pessoas atingidas pelo covid-19, confiantes, invoquemos o Deus da vida e do amor, na certeza de que Ele escuta e acolhe nosso silêncio, nosso clamor na dor! Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 

T: Amém. 

Leitor/a 01: Milhares de vidas estão sendo ceifadas no Brasil e no mundo pela covid-19. Vidas interrompidas, vidas de pessoas amadas e que amavam… pessoas que tinham sonhos e projetos. Quanta dor e luto não ouvidos, não acolhidos, mas abafados, desconsiderados, silenciados… 

(silêncio) Refrão: “Ouvi o grito que sai do chão do oprimido em oração”. 

Animador/a: Recordação do silêncio e do clamor na dor do povo brasileiro. 

(Pausadamente, partilhar situações, nomes de pessoas – Refrão) 

Leitor/02: Rezemos, de forma alternada o Salmo 86: 

– Inclina teu ouvido Javé, e responde-me / porque sou pobre e indigente! 

Guardai minha vida porque sou fiel; / salva o teu servo que confia em ti! 

– Tem piedade de mim, Senhor, / pois em tua direção que eu clamo o dia todo! 

Alegra a vida do teu servo,/ pois em tua direção, Senhor que elevo minha alma! 

– Porque tu és bom e clemente, Senhor; e repleto de misericórdia com todos os que clamam a ti! 

Javé, escuta minha oração, / presta atenção à voz de minha súplica. 

– No dia de minha angústia, clamo a ti / porque tu me respondes. 

Não existe entre os deuses ninguém semelhante a ti, nada que se iguale às tuas obras, ó Deus! 

– Todas as nações que criaste virão a ti/ e diante de ti se prostrarão, Senhor, e glorificarão o teu nome; pois és grande, ó Deus e fazes maravilhas. Tu, somente és Deus! 

– Ensina-me o te caminho, Javé/ e eu andarei em tua verdade. 

Conserva íntegro o meu coração/ no temor de teu nome. 

– Eu te celebrarei, Senhor, meu Deus, com todo o coração; vou glorificar teu nome para sempre. 

Pois é grande teu amor para comigo, tu me livraste a minha alma das profundezas das moradas dos mortos. 

– Concede a teu servo a tua força, salva o filho de tua serva, realiza um sinal de tua bondade em mim. 

– Meus inimigos verão e ficarão envergonhados, porque, tu, Javé, me socorres e me consolas. 

(Convidar os participantes para fazer ressonância do salmo) 

Animador/a: O nosso Deus é misericordioso e compassivo. Ele está presente em todas as situações. Ouve nosso clamor, inclina o ouvido para escutar o nosso grito e desce para nos consolar e nos conceder a libertação. Ouçamos a Palavra de Deus que ilumina nossa vida, nas mais diferentes realidades e sofrimentos.

Leitor/a 01: Leitura do livro do Êxodo 3,7-8a 

“O Senhor disse: Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos. E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel.” 

(Após alguns instantes de silêncio, uma voz faz ressonância, frisando as palavras: 

“eu vi, eu vi a aflição de meu povo… eu ouvi os seus clamores… sim, conheço seus sofrimentos… e desci para livrá-lo… os clamores dos israelitas chegaram até mim…”) 

Música – “Eu só peço a Deus” (clique no título para entrar no link) 

– Eu só peço a Deus/ Que a dor não me seja indiferente/ Que a morte não me encontre um dia / Solitário, sem ter feito o que eu queria (bis) – Eu só peço a Deus / Que a injustiça não me seja indiferente Pois não posso dar a outra face / Se já fui machucado brutalmente 

– Eu só peço a Deus / Que a guerra não me seja indiferente É um monstro grande e pisa forte / Toda a pobre inocência dessa gente (bis) 

Animador/a: A luz da VIDA, da ESPERANÇA e da RESSURREIÇÃO ilumina este tempo de pandemia. Há sinais de vida e gestos de solidariedade que iluminam o céu da humanidade em sofrimento; iluminam céu de nosso país, obscurecido por tanto descaso com a vida e com a dor. Podemos acender uma vela e, explicitar as luzes que contemplamos, neste tempo de pandemia. Coloquemos a vela na grande cruz que compõe nosso cenário e simboliza a cruz de Jesus. 

(Depois das velas colocadas, se possível, apagar a luz, deixando somente as velas acesas – silêncio) 

Leitor/a 02: Irmãs e Irmãos rezemos, espontaneamente, as intercessões: 

– Senhor, todas as VIDAS CEIFADAS nesta pandemia, 

Todos: acolhei-as em vosso Reino de vida em plenitude! 

– Senhor, eis o nosso CLAMOR pela DOR, 

Todos: ouvi-nos, Senhor! 

– Senhor, apresentamos o SILÊNCIO na DOR de tantas famílias: pais, mães, filhas, filhos, irmãos… amigos… 

Todos: consolai vossas filhas e filhos!

Leitor/a 01: Vamos invocar nossa Mãe Maria , rezando Ave Maria… 

(Durante o canto é passada a imagem, de nossa Mãe e Padroeira, N. S. Aparecida, cada um/a poderá fazer um gesto simbólico de benção ou carinho) 

Canto: Santa mãe Maria, nessa travessia (Letra e música: José Santana) 

Santa mãe Maria, nessa travessia cubra-nos teu manto cor de anil. 

Guarda nossa vida, Mãe Aparecida, Santa padroeira do Brasil. 

Refrão: Ave, Maria! Ave, Maria! (Bis) 

Com amor divino, guarda os peregrinos nesta caminhada para o além. Dá-lhes companhia, pois também um dia foste peregrina de Belém. 

Leitor/a 02: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia… o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21,1.2b.4). 

Animador/a: Com a certeza de que Deus está conosco e Ele mesmo é o nosso consolo e consolador, peçamos a sua bênção: Em nome do Pai… 

Gesto concreto: “O silêncio quando é privado é oração e contemplação. O silêncio quando é público é indignação e clamor” (Ir. Henrique, Peregrino da Trindade). Por isso, vamos tornar público o nosso silêncio. Fotografe este momento orante e publique nas redes sociais usando as Hashtag #ClamorNaDor e #SilêncioPelaDor. 

Canto Final: escolha do grupo

– Senhor, eis o nosso LUTO silenciado e dolorido, Todos: guardai em vosso coração misericordioso e compassivo! 

– Que o sangue de Pe. Ezequiel e de tantos mártires fecunde sempre mais o solo da missão, 

Todos: ouvi-nos e atendei-nos, Senhor Deus da Vida. 

– Senhor, são milhares de pessoas doentes, afetadas pela covid-19, 

Todos: concedei-lhes a cura e plena recuperação. 

Animador/a: com Jesus, com Pe. Ezequiel, com os mártires e as vítimas da pandemia do coronavírus, vamos dar as mãos e cantar ao nosso Deus Mãe e Pai, a oração que o próprio Jesus nos ensinou: 

Canto: Pai Nosso dos mártires (Letra e música: Cirineu Kuhn, svd) Pai nosso, dos pobres marginalizados/ Pai nosso, dos mártires, dos torturados Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida, / Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida / Teu Reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão / maldita toda a violência que devora a vida pela repressão./ O, o, o, o, O, o…

– Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador,/ não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor. / Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões. / O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões./ O, o, o, o, O, o, o, o 

– Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte,/ perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é mais forte. / Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos. 

// Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos / Pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos / O, o, o, o, O, o, o, o// 

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